Doce como um pudim de Shirley Temple. Vegetariana desde 13 de março de 2009, não virou vegana porque não sabe viver sem queijo. Gosta de gatos, coca-cola, cinema, e de achar pessoas bonitas feias e pessoas feias bonitas. É preguiçosa e é feliz. Consegue prestar atenção por horas num pedaço de papel em branco, mas freqüentemente perde a concentração em pedaços de papel escrito. Normalmente não gosta de pessoas. Pessoas fedem e incomodam. Se você não fede e não incomoda, a Pinu provavelmente vai gostar de você.

Um dia quero encontrar: Jesus. De botas douradas.


este blog, em seus primórdios no Weblogger, há muitas eras atrás (mais ou menos 5 anos), tinha como principal propósito publicar notícias sobre a cantora Maria Rita, e demonstrar toda minha idolatria pela santa. Com o tempo, essa idolatria foi passando, e os posts pessoais ganhando mais espaço. Hoje Maria Rita é pagodeira e se apresenta de minivestido de lantejoulas prateadas e o Santa Chuva é apenas mais um blog pessoal nesse mundão virtual.


eu passo tanto tempo ajustando o template e abro o blog tantas vezes ao longo deste processo que, quando está tudo arrumado, já enjoei da cara dele, da música, da foto, dos posts, do Blogger, de mim... mas depois isso também passa e eu abro de cinco em cinco minutos pra ver se alguém comentou (isso se chama carência). os posts estão sempre em constante alteração, sempre que encontro um erro, ou uma frase que poderia ser melhor escrita, eu edito. não importa se o post tem dois anos de idade, eu edito, o tio Orwell me ensinou que o passado é alterável. isso é uma merda, mas é verdade. é pouco provável que você encontre alguma informação útil aqui, eu escrevo só pra exercitar os dedos. entretanto, de vez em quando alguém consegue se divertir por aqui. geralmente esta pessoa sou eu.


reunião com os amigos, cinema, chocolate, torta de limão, música, Simpsons, filmes com gente dançando (não precisa ter enredo, só a dança já tá de bom tamanho), coca-cola, vaquinhas de pelúcia, livro de capa dura (mas se só tiver de "capa mole" eu também leio), sebos, Hugh Jackman, coca-cola, pão francês do Zaffari, Amélie Poulain, Maria Rita, bala de goma, quinquilharias de papelaria, Harry Potter, meu mp3 (que tem pouco espaço, mas eu me viro), Hairspray, Jane Austen, prateleiras, amendoim, lasanha, shopping (sim, shopping), miojo, chuva (contanto que minha casa não alague), coca-cola, John Waters, Mika, purê de batata, Hugh Dancy, Audrey Hepburn, prédios antigos, fotografia, Youtube, internet, filmes toscos (mas engraçados), leite condensado, Ranma, 1984, Keira Knightley, fazer templates, colecionar coisas inúteis, Heroes, coca-cola, Stan Lee, piratas (não necessariamente do Caribe), Tim Burton, torta de limão, Johnny Depp, cebola palha, Talento de avelãs, Blossom, Cate Blanchett, lentilha vermelha, B-52's, ouvir pessoas falando francês (mesmo entendendo lhufas) Livraria Cultura, Regina Spektor, pocket-books da Livraria Cultura, Scarlett Johansson, Saturday Night Live, coca-cola, torta de limão, Monkey Island, Emily Blunt, Punky, banana, Feist, gatos, Kill Bill, costas, Inverno, São Paulo, DVD, coca-cola, Whose line is it anyway?, mel, cheiros (bons, lógico), Billy Elliot, brócolis, Rupert Grint, verde, Cry-Baby, "Flours", Lenine, KT Tunstall, Celebrity Deathmatch, pizza, torta de limão, Terça Insana, Audrey Hepburn, Dexter, Orgulho e Preconceito, Marisa Monte, Colin Firth, Family Guy, Junior Senior, Yann Tiersen, coca-cola, edredons e mais edredons, Como água para chocolate, Italo Calvino, música celta, cebola, molho barbecue, Ovomaltine Shake, Ian McEwan, trocadilhos idiotas, Bob Esponja, Pringles, Monty Python, Billy Elliot, Ewan McGreggor, arroz, One Piece, Emma Thompson, queijo, X-Men, Vanessa da Mata e mais um monte de coisas que no presente momento não me vêm à cabeça.





Uma escorpionina envolta em uma armadura. Me apresento assim porque amigos e conhecidos costumam atribuir minha característica de ser "fechada" ao meu signo. Seria o que os horóscopos gostam de chamar de "a bruma de mistério que envolve o ser de escorpião". Volta e meia ouço alguém dizer, "A Pinu (apelido que recebi no colégio) é bem escorpionina. Tá sempre quietinha, mas quando abre a boca diz a coisa certa." Balela! Isso é mera ilusão. A verdade é que penso muito antes de dizer qualquer coisa, e muitas vezes quando resolvo dizer, já é tarde demais. Também me abstenho de falar bobagens na frente de qualquer pessoa. Ouvir minhas bobagens é privilégio de poucos...

Essa "armadura" nem sempre ajuda muito. É uma forma um tanto drástica de autodefesa, que acaba gerando enorme timidez e insegurança. Por não querer me expor, muitas vezes deixo de fazer coisas e conhecer pessoas, o que só agrava o problema. E apesar de saber disso, é difícil mudar. Eu levei uma semana pra escrever esse texto – e mais outras duas pra reescrevê-lo! Quase não terminei (duas vezes). A apresentação pessoal sempre foi uma tarefa complicada pra mim, venho fugindo dela há anos, desde o primeiro ano do segundo grau. Fugi mais outras três vezes em que comecei e não terminei essa disciplina de produção textual. Não é nem por não saber falar de mim. Falar é fácil. Difícil é fazer parecer interessante. Difícil é convencer minha paranóia de que não tinha problema se detonarem meu texto na aula, estava lá pra aprender mesmo.

E por falar em paranóia, este é outro agravante do problema, ela anda quase sempre junto com a armadura. Até hoje não sei direito se uma é fruto da outra, ou se a outra é fruto da uma. Tanto faz, na verdade. Posso juntar as duas e teríamos então Paranóia, a amazona, pronta pra luta vestindo sua armadura reluzente (mas não tão reluzente, porque ela não gosta de chamar atenção). Ela trava batalhas inúteis e invisíveis (quer dizer, dentro da minha cabeça), com pessoas desconhecidas, sem razão de ser, e às vezes só pelo prazer de ser implicante. Como quando um desconhecido me olha por mais de dois segundos, e recebe um incontrolável olhar de "tá olhando o quê?". A paranóia ergue sua espada. Quem impede que eu me aproxime das pessoas é a armadura, quem trata de mantê-las longe é a paranóia. Os poucos que ignoram essa primeira impressão hostil e conseguem derrotar a amazona, eu tenho orgulho de chamar de amigos.

Aqueles que resistiram às defesas da minha guerreira interna, seja por extrema boa vontade, falta de noção ou por possuírem seus próprios bichinhos interiores (essa última sendo a razão mais provável), me deram o apelido (Pinu, que veio de Pipinu, que veio de Pepino, porque eu vestia muito verde) com o qual me identifico tanto hoje, talvez por tê-lo recebido justamente nesta época em que me senti muito feliz e cercada de pessoas que me entendem. São eles que me seguram no "mundo real", e impedem que eu me encerre por completo no meu mundinho interior e me ajudam, aos poucos, a afrouxar a armadura e domar a paranóia. Me soltando pouco a pouco com eles, aprendo a me expor mais aos outros. E assim, quem sabe, uma simples tarefa como escrever uma apresentação pessoal possa deixar de ser um bicho-de-sete-cabeças, e eu possa simplesmente, sem medo de julgamentos ou de ser ignorada, chegar para um estranho e me apresentar. Prazer, eu sou a Pinu, fechada e paranóica.

***






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[terça-feira, 11 de dezembro de 2007]

Meu ócio reascende meu ócio

Tô há um mês tentando escrever alguma coisa inteligente, ou que no mínimo não seja uma total perda de tempo. Mas acontece que, como eu não estou fazendo nada (o semestre, na real, já tinha acabado pra mim há muito tempo, eu só ia à aula porque precisava ir), ao contrário do que a Paloma (RJ) sugeriu nos comentários, meu ócio só reascende meu ócio. Estou gastando a maior parte do meu tempo olhando coisas inúteis na internet e baixando filmes e séries que assisto quase o dia inteiro. Dexter, Heroes, Project Runway, Prison Break. Agora quase todas as temporadas acabaram ou entraram em recesso por um ou dois meses, então vou ter que arranjar outra coisa o que fazer nesse meio tempo.

Mas enquanto isso, vou escrever sobre o quê? Um estilista que é psicopata nas horas vagas, tem superpoderes, e à noite saí pelas ruas desmembrando "fashion criminals"? Ele tem o corpo todo tatuado e está tentando ajudar seu irmão (também um superassassino) a fugir de um reality show com outros psicopatas estranhos. Eles matam uma vítima por semana e, no final, o mais caprichoso ganha seu próprio seriado de televisão, além de uma consultoria com Charles Manson e um novíssimo kit de facões Guinsu. Até que um dia, um japonês volta no tempo e diz que ele tem que salvar uma cheerleader pra salvar o mundo, só que ele acaba matando ela porque "aquele visualzinho de líder de torcida é o fim". Aí o mundo explode. E tudo isso é só o primeiro capítulo.

Tá, então em vez de fazer essa salada de frutas, vou falar um pouquinho das duas séries em que tô muito viciada ultimamente:

Dexter - There's a little Dexter inside everyone of us... that's how internal bleeding starts.

Um investigador forense de Miami especializado em manchas de sangue, e também um psicopata que caça psicopatas. Só isso já basta pra saber que Dexter é uma série genial. Mas antes que alguém venha sacudindo o dedo dizendo que isso é "desculpa esfarrapada pra promover pena de morte" ou algo do gênero, calma lá. O genial da série não tá aí. O maior barato é ver a evolução do personagem, como ele começa explicando que ele precisa fingir todas as emoções porque ele é vazio por dentro, e entende que dentro de si há um monstro que ele não é capaz de controlar. Mas de repente ele se surpreende ao encontrar algo de humano dentro de si, será que ele é capaz de ter emoções? O barato do Dexter não são os assassinatos, e sim todo o lado psicológico, como ele lida com sua vida dúbia sem magoar as pessoas que se importam com ele. E enquanto observamos o monstro se humanizando, também percebemos nele os nossos próprios monstrinhos interiores (afinal, quem nunca fatiou um psicopata antes, não? ... não? opa).

sou só eu, ou essa abertura parece uma versão muito grotesca de Amélie Poulain?





Project Runway - 15 participantes, 3 finalistas, "but only ONE can be the winner". Opa, peraí, deixa eu começar de novo. Pra quem não conhece, fica mais fácil descrever assim: é tipo um American Idol pra estilistas, mas com muito mais critério e sem machucar os ouvidos. Os participantes se vêem diante de uma maratona de desafios que, entre muitas coisas, podem envolver costurar com materiais não convencionais (roupas usadas, itens de supermercado, lixo) e testam a criatividade dos competidores, quase sempre com um detalhe inesperado que muda tudo. Ao final de cada desafio, os jurados decidem qual estilista tem que sair (I'm sorry, you're OUT). Os três finalistas criarão uma coleção para ser mostrada na Olympus Fashion Week, e o vencedor recebe $100,000 pra montar sua prórpia grife. Nada mal, hã?

Apresentado pela fofíssima modelo Heidi Klum e com o booofe charmosééérrimo (gay, gay, gay!) Tim Gunn como mentor dos competidores, o programa fez bastante sucesso e já está na sua 4ª temporada desde 2004. Já deu origem a duas versões estrangeiras: Project Catwalk (no Reino Unido) e Project Runway Canada (ããh...).


quando eu vi isso eu disse, "GAAAAAAAAAAHHHH!!!"


Project Runway Canada: does it measure up? (oh yeah.)

Eu, que sempre fui fã do reality americano, fiz de uma tentativa frustada de assistir à versão inglesa (mau gosto. Mau gosto!!! MAU GOSTO!!! Ugh!). Além de não ir muito com a cara dos concorrentes, a estética do programa ficou medonha, desagradável. Colocaram uma bixa muito nojenta como mentor (Tim Gunn só tem um), isso sem contar que na segunda temporada a apresentadora Liz Hurley foi substituída por Kelly Osbourne* (Kelly Osbourne. Kelly Osbourne! KELLY. OSBOURNE!!! UGH!!!). Fiquei meio com o pé atrás de assistir a temporada canadense. Pra falar a verdade, eu estava esnobando mesmo.

Então, semana passada, semestre acabando, nada pra fazer, resolvi espiar no YouTube o primeiro episódio do PRC, só pra ver se vale a pena. E... Oramasvejasó! Ao contrário do Project Catwalk, o formato do orginal foi respeitado (agradando ozolho, ozovido e azalma - ui!), o mentor, Brian Bailey, não é um Tim Gunn (porque Tim Gunn SÓ TEM UM) mas não deixa a desejar, e a apresentadora é a divinamaravilhosa topmodel Iman que, além de ser divinamaravilhosa, comanda a passarela com mais autoridade que a Heidi "fofinha" Klum, é mais severa nos julgamentos e faz suas críticas com, digamos, mais carisma. Até aí já está ótimo. Mas o negócio é que... é melhor! Caralho... Por quê que eu não pensei nisso antes? Canadá... influência francesa... designs muito, mas muuuuuito melhores! Se comparados aos da segunda e terceira temporadas do programa americano, então, deusulivre!

As bitchices entre os participantes não são tão fortes quanto no original, e se perde um pouco da diversão venenosa característica de reality shows, mas isso também é uma coisa positiva. O que se vê mais é um clima geral de "camaradagem" entre os participantes. Claro que sempre tem alguns pequenos atritos com competidores superconfiantes, comentários maldosos (mas não totalmente infundados) como, "tinha certeza de que a fulana ia sair," "não sei como a fulana vai escapar dessa vez," e "o que a fulana ainda está fazendo aqui?", mas fora isso, o clima é bem pacífico. É bacana...

Agora o programa já está na reta final (atenção, um spoiler está por vir - imediatamente.), os três finalistas, Biddel, Lucian e Marie Genevieve (XD) vão mostrar suas coleções na L'Oreal Fashion Week e o vencedor recebe os $100,000 (go MG! \o/).


Atenção especial para a musiquinha cafona da abertura e a vinheta do intervalo: Iman, de vestido roxo se vira dramaticamente enquanto a câmera "zooma" ela (som de zoom: vhuuuoohh!), e diz, "next, on Project Runway Canada", num sotaque que eu não sei representar foneticamente (trecho do episódio 8).



*Detalhe: quando linkei a Kelly Osbourne no Wikipedia, notei que nem se deram o trabalho de colocar uma foto dela. Go figure.

:: Postado por PinuPinu :: 21:03
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